No
caminho para Valladolid, passei por policiais armados, que não fizeram paragem à
carrinha onde seguia viagem, porque, possivelmente, esta era conduzida por
profissionais mexicanos.
O polícia que mais se aproximou do veículo era um jovem rapaz, mas confesso que a arma metralhadora
que transportava
e a mão que afagava o gatilho intimidaram-me. Apesar disso, brinquei com
a situação, cantando em simultâneo com o meu
grupo de viagem:
“La cucaracha, la cucaracha, ya no puede caminar,
porque no tiene, porque le falta marihuana pa` fumar." [...]
O som
hibrido e velozmente vociferado por nós embatia nos vidros, tornando-se
imperceptível do exterior.
As marcas de pneus no pavimento eram reveladoras
das infracções cometidas na estrada, mas, muito provavelmente, não serviriam de
prova para o cumprimento da missão a que estes polícias mexicano foram destacados. Ainda procurei em volta, mas os seus objectivos de trabalho não constavam nos placards acessíveis aos transeuntes. :-)
[Bicada da Pomba em Valladolid]
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Os belíssimos pormenores das casas fascinariam qualquer leigo na sua presença. Ainda assim, estas imagens foram captadas por um colega arquiteto da Nazaré, em Portugal, que viajou connosco.
E foi este mesmo colega que nos chamou a atenção para um pormenor caricato de uma das lojas:
Esta vendia vestidos de noiva e utensílios para a casa, deste batedeiras, saladeiras, entre outros objetos do género (para um português, uma montra destas dificilmente passa despercebida).
[...]
Valladolid, cidade construída no tempo da conquista espanhola, em 1543, é a terceira maior cidade da península do Iucatão.
Coincidência ou não, Valladolid é também o nome de uma cidade espanhola, ainda que arquitetonicamente sejam muito distintas.
[Cidades: Valladolid, no México e Valladolid, em Espanha]
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Com exceção do cenote Sis-Há, no convento de Sisal, em Valladolid, não há qualquer indicador da civilização Maia ter vivido aqui.
A conquista espanhola trouxe a Valladolid o Cristianismo, estando já bem enraizado e vivenciado pelo povo, como tão bem demonstram estas fotografias.
Do Império Maia, há somente "recuerdos" para vender aos turistas. :-)