No centro deste calendário maia, está representada a figura do "carregador do tempo", que caminha para oeste.
A leitura dos meses é feita da direita para a esquerda (sentido dos
ponteiros do relógio).
Tendo reunido pedras, restos de coral morto, uma amostra de areia, cocos e adquirido alguns presentes, ainda arranjei espaço na mala para trazer um calendário maia feito pelos artesãos mexicanos da atualidade (não consegui resistir à compra). Mas só em casa me apercebi que foi concebido ao contrário (não é incomum acontecer - já em tempos me ocorreu uma situação idêntica, com a reprodução de uma fotografia).
Supondo que o calendário que comprei é uma bússola, o homem que carrega o tempo apresenta-se direcionado para este (mais um que se desorientou no tempo). Este facto não parece fazer sentido, pois o carregador do tempo, supostamente, deveria caminhar no sentido oposto ao nascimento do sol, para oeste. Ainda mais se soubermos que o carregador do tempo, no fim de cada dia, entregava o seu fardo ao carregador seguinte, e que os maias conheciam os pontos cardeais: norte, sul, este, oeste e centro.
Os maias, além de conhecerem o calendário lunar (Tun-Uc), composto por um ciclo de 29 dias, desenvolveram outros calendários, como o calendário solar e o calendário religioso, que foram difundidos pela classe sacerdotal da época, passando, desta forma, a ser usados em todas as suas cidades.
O calendário solar maia Haab (calendário civil), que regia a agricultura e a meteorologia, era composto por 19 glifos, que representavam 365 dias e seis horas.
Desta forma, um ano solar maia tinha 18 meses de 20 dias, totalizando 360 dias. O décimo nono mês representava um curto mês suplementar de 5 dias em sobra (aziago mês de Uayeb), considerados dias de azar, que ocorriam no fim de cada ano. Estes 5 dias nefastos não eram bons para empreender o que quer que fosse.
Além disso, um dia tinha 16 horas, uma semana tinha cinco dias e um mês tinha quatro semanas.
Além disso, um dia tinha 16 horas, uma semana tinha cinco dias e um mês tinha quatro semanas.
O calendário religioso maia Tzol`kin - sucessão de dias (calendário ritual), que regia a vida das pessoas, fornecendo-lhes preceitos e presságios, era composto pela combinação de 13 números e 20 glifos.
Um ano religioso maia era formado por 260 dias divididos em 20 meses de 13 dias.
[Sincronização/Cruzamento dos Calendários Tzol`kin e Haab]
A cada 52 anos, ambos os calendários (Tzol`kin e Haab) coincidiam, dando, desta forma, início a um novo ciclo.
A transição de um ciclo de 52 anos para outro era temida pelos maias, por recearem que pudesse suceder algo de extraordinário.
A transição de um ciclo de 52 anos para outro era temida pelos maias, por recearem que pudesse suceder algo de extraordinário.
Além dos calendários referidos, os maias
desenvolveram também um Calendário de Cotagem Longa, com a duração de 5126
anos, tendo início no dia 11 ou 13 de agosto de 3114 a. C. e com término
previsto para o dia 21 de dezembro de 2012 d. C., dando início, após esta data,
a uma nova era.
Tal como acontecia com a transição de um ciclo de 52 anos para outro, também esta transição é temida pelos maias, por recearem que possam suceder mudanças consideráveis na Terra.
Tal como acontecia com a transição de um ciclo de 52 anos para outro, também esta transição é temida pelos maias, por recearem que possam suceder mudanças consideráveis na Terra.
Fontes Escritas de Apoio:
"Civilizações Antigas 2: Grécia, Roma e América Pré-Colombiana" por Enciclopédia do Conhecimento, 2008.
"América Pré-colombiana - Awithlaknannai" por vários autores, 2008.
"Os Maias - A Vida, O Mito e a Arte" - Coleção Culturas e Civilizações, por Timothy Laughton, Circulo de Leitores, 2006.
"Grande Dicionário Universal Ilustrado" por vários autores, Nova Variante, 2002.